Falta biografia.
No ano de 1325, Isabel de Aragão, Rainha de Portugal, parte em peregrinação a Santiago de Compostela, após a morte de D. Dinis, o rei a quem dedicou uma vida de fidelidade e paz.
Pelo caminho, numa paragem junto ao Rio Mau, um encontro com um pássaro, uma truta e um monge revelam-lhe verdades profundas sobre o luto, a fé e a missão de uma vida inteira.
Já em Compostela, deposita a sua coroa aos pés do Apóstolo e regressa ao reino, dedicando-se à construção do Mosteiro de Santa Clara — inexplicavelmente erguido no leito vulnerável do Mondego.
Só mais tarde a sua aia revelará o segredo: Isabel vivera sempre como aquela truta, a nadar contra a corrente, e desejava que um dia o rio a levasse, enfim em paz, até ao oceano.
Dizem os pescadores da Figueira que, em noites de quarto minguante, uma sereia feliz pode ser vista nas águas calmas — será ela?